Dom Jaime Vieira Rocha
Milhares de jovens de todas as partes do mundo acorrerão ao Rio de Janeiro, Brasil, no mês de julho, para participarem da Jornada Mundial da Juventude. Em cada diocese brasileira, acontece a Semana Missionária, em preparação à JMJ. "A presença do Papa Francisco, um latino americano, em sua primeira viagem internacional, será uma motivação a mais para os jovens", afirma o Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha. Nesta entrevista, ele fala sobre os preparativos para a jornada e para a Semana Missionária, na Arquidiocese natalense.
Em todo o Brasil, as dioceses se mobilizam para levar jovens para a Jornada Mundial da Juventude. Como está esta mobilização na Arquidiocese?
Através do Setor da Juventude, os jovens das nossas paróquias se organizam para participar da Jornada. Há iniciativas criativas, tendo em vista angariar recursos para custear as despesas. Com sua criatividade e iniciativa, o que é peculiar aos jovens, eles fazem promoções, nas paróquias, como sorteios e eventos. Os jovens fazem estas promoções visando garantir a presença na Jornada. Esses preparativos começaram desde o início de 2012, através do Setor Juventude. A mobilização começou com reuniões dos coordenadores da Pastoral da Juventude, dos grupos e movimentos, nas paróquias.
A Semana Missionária mobiliza os jovens para a JMJ, com o acolhimento de peregrinos estrangeiros. Qual é a expectativa para a Semana Missionária?
A Semana Missionária visa incluir, de maneira efetiva, as Dioceses no caminho da Jornada. Foi uma iniciativa muito feliz, porque, do contrário, ficaria a JMJ lá no Rio de Janeiro, enquanto o resto do Brasil ficaria, como que, assistindo de televisão. Ela se desenvolve uma semana antes da JMJ, dentro de três pilares fundamentais: oração, solidariedade e cultura, tendo em vista o envolvimento e o acolhimento de peregrinos estrangeiros. É, também, uma grande oportunidade para a Igreja se voltar mais para os jovens, fazendo com que eles se renovem e despertem para a sua vocação batismal. A JMJ será de 23 a 28 de julho. A presença do Papa Francisco, um latino americano, em sua primeira viagem internacional, será uma motivação a mais para os jovens. Para mim, o grande fruto da JMJ é esta retomada de atenção e de zelo da Igreja, sobretudo de nós, pastores, para com os nossos jovens que estão, muitas vezes, à mercê apenas do consumismo e, por conseguinte, de tudo que vai resvalando para os delitos, tráfico de drogas, a dependência química e para a violência.
Caso não se confirme a vinda das caravanas de jovens estrangeiros, como será realizada a Semana Missionária na Arquidiocese?
Nós todos - paróquias, presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas - devemos nos engajar e nos comprometer com a Semana Missionária, tenhamos ou não peregrinos estrangeiros. Devemos dar ênfase e oportunidade para a participação de nossos jovens. Tudo o que está programado, sobretudo os grandes momentos, em Uruaçu e na Catedral, com a juventude, permanecerá e acontecerá, porque se trata de um momento da juventude. Se vierem os peregrinos, ótimo! Se não, vamos realizar esses momentos, que promovem a participação do jovem na vida da Igreja. Ponderemos este fato: é um evento que ocorre, pela primeira vez, no Brasil, e, conforme a experiência das Jornadas anteriores, o grande público é o local. Outro fator é a dimensão continental do Brasil, o que dificulta o deslocamento. Em nível local, as famílias que foram convidadas a acolher os jovens estrangeiros, agora devem ser olhadas como aquelas que apoiam a Jornada, nessa perspectiva de acolhimento e de apoio às promoções pastorais da Igreja.
Que mensagem o senhor deixa para os jovens da Arquidiocese que pretendem ir à JMJ?
Desejo que eles se revistam deste espírito missionário, que deixam tudo e se dispõem a sair de si mesmo e seguir adiante. Vocês estão empreendendo uma viagem para um encontro profundo com o Nosso Senhor Jesus Cristo. E este encontro se reveste desta dimensão bonita e profunda de universalidade da Igreja. Revestidos do Espírito Santo, com a celebração de Pentecostes, vocês vão, como que, em busca de uma luz, de algo novo, de uma mensagem permanente, de uma verdade que não se esgota e nem se desgasta, que é Jesus Cristo.
Fonte: Arquidiocese de Natal
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